A Edição 122 do Boletim das RSCM nas Nações Unidas destaca o Fórum Político de Alto Nível da ONU, de 6 a 15 de julho, para analisar os progressos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para avaliar o impacto da COVID-19. Mais de 3.400 pessoas participaram no fórum virtual deste ano, incluindo interessados da sociedade civil, ONGs e setor privado. O tema do fórum foi “Recuperação sustentável e resistente da pandemia da COVID-19 que promove as dimensões económica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável”.

RSCM – envolvimento da ONG

Através da parceria e colaboração com outros, a ONG RSCM pode apoiar muitas iniciativas educacionais e de defesa. A Irmã Veronica Brand fez parte da equipa organizadora de dois eventos relacionados com a eliminação do trabalho infantil e o combate à desigualdade, organizados pela ONG Grupo de Trabalho Mineiro e pelo Comité de Desenvolvimento Social da ONG. Foi apresentada uma declaração escrita em nome do Comité para pôr fim ao tráfico de pessoas.

Desigualdade da vacina

“A desigualdade de vacina não é apenas um fracasso moral, é também epidemiológica e economicamente autodestrutiva“, disse recentemente o Diretor-Geral da OMS. Observando que a desigualdade de vacinas é o maior obstáculo mundial para acabar com esta pandemia e recuperar da Covid-19, salientou o facto de uma em cada duas pessoas em países de alto rendimento ter sido vacinada a 21 de julho de 2021 (50,15%), enquanto nos países de baixo rendimento o número era de 1 em cada 76, ou apenas 1,32% da população. Duas agências da ONU estabeleceram uma parceria com uma unidade de investigação da Universidade de Oxford para elaborar um Painel de Controlo da Equidade de Vacina.

Unir o mundo para enfrentar as alterações climáticas: 100 dias para a COP 26

Em novembro, o Reino Unido acolherá a 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP 26). Os quatro principais objetivos da COP 26 são: uma mudança radical nos compromissos de redução de emissões;o reforço da adaptação aos impactos das alterações climáticas; a obtenção de financiamento para a ação climática; o reforço da colaboração internacional, incluindo para as campanhas da COP 26 sobre transição energética, transporte rodoviário limpo e natureza.

Relatório Climático da ONU

No dia 9 de agosto, o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) lançou o seu 6.º Relatório de Avaliação com base nas ciências físicas das alterações climáticas. Este Relatório fornece informação mais atualizada sobre os conhecimentos científicos relativos ao clima, incluindo os cenários climáticos passados, presentes e futuros, bem como os seus impactos e riscos futuros. O relatório é fruto do trabalho de colaboração de 320 cientistas de 66 países, revendo 14.000 estudos científicos.

A Race to Zero

É uma campanha global lançada até à COP 26 em Glasgow, onde os Governos devem reforçar as contribuições determinadas a nível nacional, para cumprir os objetivos do Acordo Climático de Paris. O objetivo é reunir a liderança e inspirar o compromisso de regiões, cidades, empresas, investidores e instituições de ensino superior, visando uma recuperação da COVID saudável, resiliente e sem emissões de carbono, que atinja, o mais tardar até 2050, uma emissão líquida de carbono zero. Quando vistas coletivamente, estas iniciativas não governamentais cobrem atualmente quase 25% das emissões globais de CO2 e mais de 50% do Produto Interno Bruto Mundial. A campanha visa criar uma dinâmica em torno da mudança para uma economia descarbonizada.

Sistemas alimentares e clima

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres,adverte afirmando que as alterações climáticas e os conflitos são simultaneamente consequência e motor da pobreza, da desigualdade de rendimentos e do elevado custo dos alimentos. Guterres disse também que o sistema alimentar mundial gera um terço de todas as emissões de gases com efeito de estufa. Disse, na sua mensagem em vídeo, que o mesmo sistema é responsável, em cerca de até 80%, da perda de biodiversidade.